Foi com grande pesar e consternação que se soube do falecimento
de D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto, na manhã do passado dia 11
de setembro. Encontrava-se na Casa Episcopal, onde residia, quando um ataque
cardíaco fulminante lhe roubou a vida. Nasceu em Tendais – Cinfães (Diocese de
Lamego), a 29 de agosto de 1948, contando portanto, 69 anos de idade.
A sua Ordenação Presbiteral ocorreu a 8 de dezembro de 1972.
Foi Ordenado Bispo a 19 de março de 2005 na Sé Catedral de Lamego, sendo que,
já em dezembro de 2004 havia sido nomeado Bispo Auxiliar de Braga, pelo então
Papa João Paulo II. A 21 de setembro de 2006, foi nomeado Bispo de Aveiro, pelo
Papa Bento XVI, diocese em que esteve cerca de 8 anos. Em 21 de fevereiro de
2014, sucedeu a D. Manuel Clemente como Bispo do Porto. D. António formou-se em
Teologia no Seminário Maior de Lamego, terminando os estudos em 1971. Estudou
também Sociologia Religiosa e Filosofia, em Paris, tendo também trabalhado na
paróquia de S. João Baptista de Neuilly-Sur-Seine, local onde assumiu a
responsabilidade pastoral da comunidade portuguesa emigrada.
No regresso ao seu país, foi professor no seminário de
Lamego, foi chefe de redação do jornal diocesano “Voz de Lamego”. Em 2004, foi
nomeado pró-vigário geral da diocese e também deu aulas no Instituto Superior
de Teologia do Núcleo Regional das Beiras, da Universidade Católica Portuguesa.
Na Conferência Episcopal Portuguesa, era atualmente o presidente da comissão
episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
Na sua primeira homilia enquanto Bispo do Porto, D. António
referiu que “Os pobres não podem esperar”, lembrando haver necessidades de
prioritária intervenção, como a alimentação, a saúde, a habitação. A sua especial
atenção aos mais frágeis é uma imagem que perdurará eternamente a si
relacionada. O contacto com os jovens foi outra das suas constantes
preocupações em diversas ações, nomeadamente na ideia de importar do Brasil a
Cristoteca, quando a Diocese de Aveiro fez 75 anos, levando “tendas cristãs” às
praias.
Dois dias antes à sua morte, sábado, esteve em Fátima a presidir e
acompanhar a peregrinação diocesana.
D. António Francisco dos Santos, era um homem muito ligado a
Lamego e às suas gentes pelo que é natural que seja mais que muita a saudade e
vazio que deixa a todos com quem privou e, em cada um deles, um amigo. Um ser
maravilhoso, com um constante sorriso nos lábios, esse mesmo sorriso e a
amizade que ficará connosco para sempre, com a certeza da sua inesgotável
prontidão para ajudar os que mais precisam. Sublime a sua forma de usar as
palavras em cada momento, de forma delicada e carinhosa para com cada qual.
Todos guardaremos, deste nosso amigo, a ternura com que a
todos tratava, as suas lições, a disponibilidade, o incentivo, o carinho, a
pedagogia, o saber ser e o saber estar, o escutar e tantos outros adjetivos que
se poderiam ligar a este grande homem que jamais o sentiremos longe dos nossos
corações!
Na vida de cada um, para a vida permanecerá!
Até sempre estimado amigo.
Rui Pires
Uma dolorosa perda.
ResponderEliminarUma perda a lamentar e que Deus o tenha em paz!!!
ResponderEliminarSinto muito, com certeza Deus o esperava de braços abertos...
ResponderEliminarps. Carinho respeito e abraço.
Lamento muito a perda do seu amigo! Ficam as boas recordações, que são muitas, e todas as suas atitudes admiráveis.
ResponderEliminarBeijinhos
Mais um GRANDE HOMEM se perdeu
ResponderEliminarPAZ Á SUA ALMA
Beijos
Embora não conhecesse o bispo, é sempre de lamentar a sua morte. Beijinhos
ResponderEliminar--
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Uma homenagem notável, Rui!
ResponderEliminarConfesso, que não conhecia muito a sua obra... pelo que fiquei bastante elucidada, através das tuas palavras... e fiquei com a noção de que seria realmente um grande homem... uma pessoa boa... e um bom amigo...
Lamento, Rui! Certamente partiu... para uma outra missão, de enorme relevância, algures... num plano diferente...
Beijinho!
Ana