Múltiplas explosões na fábrica de pirotecnia Egas
Sequeira, freguesia da Penajóia, concelho de Lamego, causaram 6 mortos e 2 desaparecidos. Tudo aconteceu no dia
4 de abril, pelas 17h45m sendo de imediato acionado o plano de emergência para
situações do género, fazendo acorrer ao local, dezenas de ambulâncias e demais
viaturas de corporações de bombeiros de todos os concelhos próximos e até
alguns mais distantes como de Montalegre.
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Além dos referidos meios, ao local deslocaram-se mais de uma
centena de bombeiros, dois helicópteros (INEM e ANPC), viaturas e elementos da ANPC - Autoridade Nacional de Proteção
Civil, GNR, PSP, Polícia Judiciaria, ACT – Autoridade para as Condições no Trabalho,
Presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, elementos do Instituto de
Medicina Legal de Coimbra e Porto, entre outras entidades. Ao final da noite, esteve também no local, o secretário de
Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, que fez um balanço
provisório perto da meia-noite, tendo no momento informado a existência de 5
mortos confirmados e 3 desaparecidos.
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No dia seguinte (hoje), ao início da tarde e enquanto decorriam
buscas respeitante a 2 corpos ainda desaparecidos, deslocou-se ao local o Presidente da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, para se inteirar “in
loco” da situação, mostrando-se solidário com os familiares e amigos das
vítimas: "Eu estou aqui para representar todos os portugueses, conjuntamente com o senhor secretário de Estado, o pesar de todos os portugueses junto das famílias em primeiro lugar e depois junto de toda a comunidade. Porque sofrem as famílias em primeira linha, sofrem as comunidades e o país está a acompanhar isso e a sofrer também", afirmou o Presidente.
Também o Primeiro-Ministro, António
Costa, que se encontrava no Luxemburgo, enviou as condolências às famílias das vítimas.
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Uma verdadeira tragédia, que deixou o país consternado,
motivada segundo as primeiras indicações, por um acidente. Ao que se sabe, a
explosão ocorreu no momento em que uma viatura era carregada de fogo
pirotécnico para no dia seguinte ser transportado para o Marco de Canaveses, local de onde era natural o proprietário. Segundo o NBD apurou junto de pessoas que
passaram no local, momentos após as explosões, o cenário era dantesco, com
pedaços de corpos espalhados por todo o lado, partes do chassi de uma viatura
espalhados, pedras e fumo, numa área de aproximadamente 800 metros à volta. As explosões
foram ouvidas a várias dezenas de quilómetros de distância.
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As vítimas são: Egas Sequeira, era o
proprietário há cerca de 10 anos; Susana e Joaquim Pereira, filha e genro
respetivamente; também mais dois genros do proprietário, Samuel Pinto
e David Miguel; Ana Sofia Batista, sobrinha; Vítor Costa e Hélder Pinto, ambos
funcionários da empresa. Os familiares das vítimas, receberam desde a primeira
hora apoio psicológico.
A empresa estava devidamente licenciada. A
última inspeção foi em abril de 2016 e estava tudo em conformidade com a
legislação.
Na sequência deste grave acidente, a Câmara Municipal de Lamego, decretou três dias de luto municipal. Durante este período, as bandeiras do Município estarão a meia faste em todos os edifícios públicos do concelho.
© RuiJorgePires | NBD - Notícias da Beira-Douro