Em várias idas a Coimbra, ao longo dos anos, nunca tinha visitado a Quinta das Lágrimas.
Recentemente realizei esta visita, calhou a ser no fim de uma manhã com uma acalmia relativa, após um diluvio que se abateu horas antes, sobre a cidade dos estudantes.
A luminosidade não era a melhor para fotografar, mas gostei de calcorrear os recantos misteriosos desta Quinta onde se acumulam memórias, de histórias, de lendas, nomeadamente na "Fonte dos Amores" (foto acima) por ter presenciado a paixão de D. Pedro, neto da Rainha Santa Isabel, por Inês de Castro...
Outra fonte da Quinta foi batizada por Luís de Camões de "Fonte das Lágrimas", por ter nascido das lágrimas que Inês chorou ao ser assassinada. O sangue de Inês terá ficado preso às rochas do leito, ainda vermelhas depois de 650 anos... "Lágrimas são a água e o nome amores", escreveu Camões nos "Lusíadas". E quantas lágrimas, neste dia da minha visita, esta fonte fazia brotar... Transbordava, tal como o amor entre Inês e Pedro!
Muito fica por dizer... sobre este local, mas "Roma e Pavia, também não se fizeram num dia"...